Por Latoya Guimarães
Em 28 de Setembro de 1871 era assinada a Lei do Ventre Livre "Declara de condição livre os filhos de mulher escrava que nascerem desde a data desta lei, libertos os escravos da Nação e outros, e providencia sobre a criação e tratamento daqueles filhos menores e sobre a libertação anual de escravos.
Em 1990 as mulheres presentes no V Encontro Feminista Latino- Americano e do Caribe, realizado na Argentina, escolheram essa data como o dia de luta pela legalização do aborto.
COINCIDÊNCIA???
Vivemos o limite da indiferença frente ao sofrimento humano o estopim do retrocesso de direitos.
Direitos duramente conquistados hoje estão sendo ameaçados por setores conservadores e reacionário o fundamentalismo religioso combustível desse retrocesso é também um fundamentalismo político legitimado no legislativo pela presença massiva de religiosos no parlamento, nos meios de comunicação sendo donos de emissoras de TV e Radio, nas educação com a introdução do ensino religioso, na saúde com a terceirização dos serviços de atendimento, existe um projeto político em curso nesse país para violar os Direitos Humanos das Mulheres uma rede articulada de fundamentalistas que resgatam para o século XXI as práticas inquisidoras do século XIII que punia as mulheres com tortura queimando-as em fogueira em praças publicas.
As práticas desses grupo nós conhecemos, são as mesma do ontem e visam a proteção do latifúndio, do patriarcado, do racismo do capitalismo. Não nos enganemos a origem e raiz desse fundamentalismo é a mesma.
Que pais contraditório o nosso,onde, o mesmo setor religioso que diz não a redução da maioridade penal diz sim a criminalização de jovens mulheres condenando adolescentes a mortes maternas.
O país que tem uma das mais avançadas leis de combate a violência contra as mulheres é um país que condena suas mulheres a violência psicológica e física do ABORTO clandestino.
O País Laico e Democrático de Direitos é o mesmo país que condena um milhão de mulheres a morte por ano e CRIMINALIZA DEZ MIL MULHERES sumetendo-as a tortura.
Criminalizar o Aborto não reduz sua prática e o preço a pagar pela ilegalidade é a vida das mulheres.
Os setores religiosos que dizem não a Legalização do Aborto são os mesmo que dizem não a PENA de MORTE. CRIMINALIZAR o ABORTO é condenar as mulheres que recorrem a sua prática a MORTE.
O ato pelo fim da criminalização das Mulheres e pela legalização do Aborto entoou um grito que vale a pena resgatar aqui: Se o PAPA fosse Mulher o ABORTO seria LEGAL.
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